quinta-feira, 19 de julho de 2012

O caminho das pedras

Foto: Bento Alves Araújo Jayme Fleury Curado

Os meus pés pisam o cansaço desse chão parado
Chão em que caminharam as gerações
Transportando seus sonhos e desilusões
Em tantas estradas do tempo.

O caminho de pedras de Vila Boa
Traduz dureza dos dias outros
Tempo passado, outrora, antigo
Corroído pelas dores ancestrais.

Tantos ais em seus caminhos, Vila Boa de Goyaz!

Caminho de pedras lisas, de pedras ásperas
Na dureza dos destinos na caminhada
No fadário humano de seguir
Buscando horizontes, errados rumos...

Desaprumos nos ermos de Vila Boa!

Nos morros verdejantes ecoa
A saudade pungente, de tanta gente,
Que o tempo levou, inclemente,
Para a eternidade!

Eterna idade de Vila Boa de Goyaz
Infinitos sentidos em cada beco
Em cada pedra que machuca
Os pés dos viajantes da vida.

Convida, tuas ruas de pedras, aos tempos idos!

Nossas estradas de pedras, largas ou estreitas
Na dureza dos caminhos humanos.
Livres, na efemeridade das coisas,
Saibamos o quanto nada somos.

Como as pedras faiscantes ao sol das tardes goianas,
As pedras humildes de Vila Boa, sejamos,
Sentindo como parte integrante da caminhada
Assim nas dores de cada dia, sigamos!



Bento Alves Araújo Jayme Fleury Curado

2 comentários:

  1. Lindo poema, que bem sintetiza as histórias de ilusões e durezas das estradas goianas.

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  2. Maravilha de poema, e ao lê-lo, a gente se sente como se caminhasse por aquela trilha de pedras.

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