sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Até que enfim!


Está de roupa nova o velho casarão de Pirenópolis, onde moramos muitos anos e tivemos a felicidade de criar nossos filhos. Quantas coisas boas, quantos anos felizes pudemos relembrar agora que voltamos ali.

Sempre moramos em casarões: quando nos casamos, em 1945, moramos na Rua do Rosário (antiga casa de D. Regina), a vovó de Albace.

Nasceu ali o meu primeiro filho, Gilberto.

Depois mudamos para a nossa casa que adquirimos dos compadres Waldomiro Pinheiro e  Jenny. Gente fina! O nome Gilberto foi dado por ela em lembrança do seu irmão que tinha o mesmo nome.

Compramos a casa em ótimas condições; estávamos começando a vidinha de casados e, em primeiro lugar, seria um cantinho definitivo para morar. Foi tudo tranquilo! Criamos os 5 filhos pirenopolinos.

Mudamos para Inhumas quando Gilberto estava com 11 anos. Teria de estudar. Albace foi convidado pelo seu irmão Gonzaga, pois lá havia bom colégio estadual. Mudamos, deixamos o casarão com suas portas grosseiras, assoalho de tábuas largas, sem forro no teto, mal repartida, mas porque não dizer que era tão bom?

Eu sempre desejei morar em casa menor, com paredes azulejadas, portas lisas e brilhantes. Todo conforto mas com simplicidade. Eu dizia: isto nunca irá acontecer; ficarei com a vontade. Acontece que em Inhumas residimos em ótima casa, bonita, no centro, mas as portas e o banheiro ainda não eram como eu desejava. Mesmo assim, estava ótimo! Como diz o velho refrão: devagar se vai ao longe! Vamos esperar para ver.

Criei em Inhumas mais 2 filhos. Hoje todos casados. Residimos em Goiânia num apartamento que veio, parece que de encomenda, para nós. Estamos idosos e moramos só nós dois. O apartamento é legal. Tudo conforme desejava.

Agora volto a ter saudades daquela casa de Pirenópolis, estilo colonial, com largos portais, grosseiras portas com imensa chave na fechadura. Como gostaria de morar ali e começar tudo de novo! Foi ótima! A vida é bela! Faria tudo do mesmo jeito. Porque foi linda a nossa vida.

Estamos agora curtindo nossos 15 netos e 2 bisnetos. Aqui é o nosso lugar, ao lado dos filhos  e demais entes queridos. Obrigada, meu Deus, pela paz, pelo amor e pela vida.

Trecho extraído do livro “Memórias Poéticas”, de Celina de Pina Fleury, Edição da Autora: 1993.

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Adriano Curado