sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vale a pena conhecer

O Parque Estadual dos Pirineus, também conhecido como Parque dos Pireneus, está localizado entre os municípios de Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás. Criado em 1987, fica a 20 quilômetros de distância da cidade “Piri”. É uma área de especial beleza. Seu tesouro está nos Cerrados rupestres de altitude, nas formações rochosas e nas nascentes.
O Parque dos Pireneus tem como principais características as formações rochosas em arenitos e quartzitos, datadas do período pré-cambriano, que abrigam fitofissionomias rupestres com diversas espécies endêmicas. Quase todo ele situa-se acima dos 1.200 metros de altitude.
Apesar de pequeno, encontramos neste parque todas as formas de fitofissionomias do Cerrado: campos e matas rupestres, campos limpos, úmidos e semi-inundáveis, matas semi-caducas, matas de galeria, campos de murundu (parque cerrado), entre outros.
Hidrografia: Como divisor de águas continentais, possui diversas nascentes que alimentam córregos da Bacia do Tocantins e córregos da Bacia do Prata, como, respectivamente, o rio das Almas, que nasce na divisa do Parque, e o rio Corumbá, cuja nascente se encontra bem próxima dos limites do parque.
Visitação: O parque ainda não tem seu plano de manejo regulamentado e a visitação não é controlada. Os pontos mais visitados são: O Pico dos Pireneus, ponto culminante da região, com 1.385 metros de altitude; formações rochosas próximo ao Morro Cabeludo, usadas para a prática de escalada; os Pocinhos do Sonrisal (Córrego Capitão do Mato); e as trilhas para prática de ecoturismo.
É extremamente aconselhável a presença de um guia de turismo local, apesar de não ser obrigatória, pois não há placas indicativas e nem trilhas demarcadas para os mais belos recantos deste parque. Há guias especializados em Pirenópolis.

Pico dos Pireneus
De acordo com o site Pirenopolis Tur, o Pico dos Pireneus é o ponto mais alto da região. Em seu cume assenta-se uma pequena capela dedicada a Santíssima Trindade. Estas formações de costas delimitam o bordo do Planalto Central Brasileiro e são divisores das águas de duas das mais importantes bacias hidrográficas do continente, a Platina e a Tocantinense.
Importante marco geográfico foi objeto de principal interesse da Comissão Crulz, grupos de cientistas que por aqui estiveram em 1892 para a demarcação o quadrilátero do Distrito Federal. Havia entre os cientistas da época uma forte dúvida quanto à altitude deste pico. Padre Genettes havia afirmado que sua altitude aproximava-se dos 3.000 metros. A comissão, portanto, calculou com precisão a sua altitude e deixou no local um documento com o seguinte teor:
Flora e fauna
Rica e diversificada, a flora e fauna constitui uma importante riqueza da Serra dos Pireneus. Ao longo das encostas pode-se encontrar espécies vegetais rupestres como orquídeas e bromélias, e avistar aves rapinas de altas altitudes como urubus-reis e gaviões. Também pode-se observar araras-azuis, araras-amarelas, codornas-silvestres, pica-paus da cabeça-amarela, além de uma infinidade de beija-flores e de outras aves.
Entre, tantas árvores e ervas nativas, pode-se citar mamacadela, bacupari, jatobá, cajuzinho-do-cerrado, poliana, pau-terra, guaçatonga ou erva-de-teiú, bate-caixa ou douradão, pau-papel, maminha-de-porca, araçá, douradinha e cafezinho-do-mato. Várias espécies, especialmente herbáceas, estão ameaçadas pela criação de gado, que pasta em ambientes frágeis e desestrutura seu desenvolvimento e seus ciclos.
Outro fator de desequilíbrio é a introdução de espécies exóticas, com destaque para a Brachiaria, espécie africana introduzida no Cerrado brasileiro como pastagem que tem dominado os campos da região. Citam-se também agaves, pinheiros e araucárias utilizadas na arborização de certas pousadas, que desconfiguram a paisagem natural do ambiente. Essa estética duvidosa pode estar causando desvios ecológicos, como por exemplo, nas relações de polinizador/espécie ou animal/alimento.
Outros exemplos de animais que podem ser encontrados na serra são teiús, veados, tucanos, micos-saguis, macacos-prego, raposas, lobos-guará, seriemas, anfíbios como os dendrobatidaes, além de cobras-cipós e outras serpentes.
História e cultura
Além das belezas naturais, a Serra dos Pireneus, constitui um importante sítio histórico, que abriga ruínas de um pequeno povoado e de minas de ouro. As minas de Meia-Ponte, no sítio da atual Pirenópolis, foram fundadas nos contrafortes dos Pireneus por volta de 1730. A partir de então os caminhos abertos na região passaram a fazer parte das mais importantes rotas comerciais do interior do País.
No cume do Pico dos Pireneus assenta-se uma pequena capela dedicada à Santíssima Trindade. Ela foi construída em alvenaria, em 1935, para substituir a capela anterior, em madeira, destruída por um vendaval naquele mesmo ano. A de madeira fora erigida em 1927.
“Ascensão ao Pico dos Pireneus, aconteceu no dia oito de agosto do ano 1982, pela Republica dos Estados Unidos no Brasil. Chegou ao alto deste pico, o mais elevado dentre os Pireneus, a Comissão Exploradora do Planalto Central do nosso pais e aqui fez observação para determinar com a maior precisão as coordenadas desta posição.
Para atestar em qualquer época a sua presença, lavrou este documento que é por todos assignado e que depois de convenientemente lacrado, fica depositado no alto do próprio pico.
Em 1927, Cristovam José de Oliveira erigiu uma pequena capela sobre o pico, que originalmente era de madeira, e foi realizada a primeira missa, em 18 de junho de 1827, pelo padre Santiago Uchôa e mais 35 pessoas. Por esta época, mandaram talhar na rocha do pico a seguinte inscrição.
Criado pela lei 10.321/87, para assegurar a proteção de um dos pontos mais altos do Estado de Goiás, a Serra dos Pireneus e é administrado pelo Estado de Goiás através da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás – Semarh Características fisionômicas.

Fonte: Diário da Manhá do dia 8.8.2014, publicado no DM Revista, de autoria do jornalista Johny Cândido.

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Adriano Curado