sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Minhas saudades


Saudade nostálgica de um tempo
 que não testemunhei, 
de quando esses carros 
passeavam pelas ruas estreitas 
e os coronéis 
de terno de linho branco 
acenavam com o chapéu de feltro. 

Saudade indescritível de uma época 
que o tempo apagou 
e as memórias já caducas 
não conseguem precisar. 

Saudade incompreensível das histórias 
ao borralho de um fogão a lenha 
em noite povoadas de 
lendas e assombrações. 

Saudade de quando
não carecia sentir saudade.

Adriano Curado

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