sexta-feira, 10 de abril de 2015

A brevidade da vida

Qual o sentido da vida? Hoje estamos aqui mas amanhã não mais estaremos. E o que restará de nós depois da partida? Será que seremos lembrados por quanto tempo ainda?

E é com base nessas perguntas que eu constantemente me indago se faço a coisa certa, se não desperdiço tempo com futilidades, inutilidades, vaidades sem propósito. Porque o tempo é algo que não volta nunca mais, ser efêmero a se esvair com muita rapidez.

Há tantos projetos de vida que eu paralisei na espera de dias melhores! Mas esses dias talvez nem cheguem. Pode ser que tudo isso seja uma ilusão muito grande e eu descubra nos instantes derradeiros o quanto fui tolo. Perdido neste emaranhado de teias tecidas por meus próprios medos e vacilos, sigo amoitado neste labirinto do fauno, ou será do minotauro?

Por isso quero mais é me livrar das amarras e peso morto que seguram rente ao solo o balão da existência. E então vou abrir o bocal do gás e me elevar a alturas infinitas, onde eu possa ver o horizonte na amplitude do infinito. Vou deixar este balão seguir à deriva por quanto tempo o gás e o vento permitirem.

Quando finalmente não tiver mais fôlego para me equilibrar nas alturas, que eu desça em qualquer lugar e ali assente moradia. Serei um nômade por este mundão de meu Deus. Serei um ser livre. Pela primeira vez, serei eu mesmo.

Adriano Curado

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