sexta-feira, 24 de junho de 2016

Time Share

Esses 100 apartamentos em quatro blocos que querem construir no Hotel Quinta Santa Bárbara, no sistema de Time Share, vai acabar com o sossego de Pirenópolis. 

A cidade não possui infraestrutura de água, esgoto e trânsito. Como comportar a chegada de tanta gente? Serão com certeza pelo menos duzentos carros constantemente aumentando o transito local. E digo isso porque o modelo de Time Share induz à ocupação dos apartamento o ano todo. 

Exemplo: doze pessoas compram um apartamento e cada uma tem direito a usá-lo um mês por ano. Esse uso poderá ser pessoalmente ou por aluguel. Ora, é evidente que, se tenho direito de usá-lo por trinta dias, vou trabalhar para que não fique fechado.

Se esse projeto realmente vingar, podemos dar adeus à cidade de Pirenópolis. Não demora para que aqui se transforme em Caldas Novas. Não teremos mais nossa bucólica e romântica cidade. Com essa mudança, o turista que aqui frequenta também mudará, e em vez dos casais românticos, teremos popozudas sobre o capô dos carros.

Ainda há tempo de reverter isso. Vamos nos unir para, através das vias competentes (administrativas, judiciais, políticas), conseguirmos impedir que a especulação imobiliária vença e derrote a velha Meia Ponte.

Assim como todo pirenopolino que ama sua terra, sou contra o Time Share em Pirenópolis e faço parte da resistência. Se depender de mim, não sairá do papel. 

Adriano Curado

Um comentário:

  1. Dr. Adriano, gostei muito de suas ponderações sobre esse famigerado Time Share que destruiu Caldas Novas e quer destruir Pirenópolis também. Como o senhor bem asseverou, trata-se de uma especulação imobiliária e os que amam a cidade têm que se opor a ela. Mas eu advirto que se não barrarem a construção dos apartamentos agora, no início das obras, a coisa estará concretizada. Aí não vai mais ter jeito porque nenhum juiz dará uma decisão de demolição de 200 apartamentos. O muito que farão é passar uma maquiagem conhecida como “termo de ajustamento de conduta”, que não resolverá nada. É preciso que o Ministério Público de Pirenópolis ou o Federal, já que as atribuições são concorrentes, entre nessa luta e ingresse com uma ação civil pública, com pedido de liminar. Depois que paralisou, então vamos discutir o mérito da questão com calma, sem sufoco porque a pressa é deles. Essa é minha humilde opinião.

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