sábado, 30 de dezembro de 2017

Concerto da Fênix

A Banda de Música Fênix finalizou suas atividades neste ano com um belo concerto no Cine Teatro Pireneus.

E que o ano de 2018 seja melhor para a Centenária corporação musical, hoje carente de muitas necessidades.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Feliz Natal


Este site deseja aos seus leitores um Feliz Natal, e que somente a paz e a harmonia reine nos lares pirenopolinos neste final de ano. Esta bela filmagem de nossa cidade é um presente para quem aprecia a Terra dos Pireneus. 

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O Museu do Divino voltará a ser cadeia


O representante do Ministério Público em Pirenópolis entrou com uma ação judicial contra o Município de Pirenópolis para que o Museu do Divino volte a ser cadeia pública. O Juízo concedeu uma liminar para imediata desocupação do prédio, sob pena de multa diária de R$ 2 mil.

Está de parabéns o Ministério Público por essa acertada ação judicial. O Museu do Divino foi criado em 2005 e todos concordaram, inclusive o Poder Judiciário e o Ministério Público, e isso porque o Governo de Goiás prometeu a imediata construção de uma nova cadeia na cidade. Porém 12 anos se foram e Pirenópolis ficou absolutamente desamparada em matéria de segurança pública. Note que até a Delegacia de Polícia teve que ser despejada às pressas por falta de manutenção do prédio.

Esse Museu do Divino, na verdade, nunca funcionou na prática. Não há acervo relevante em seu patrimônio e o que se vê são banners e cartazes espalhados para disfarçar os espaços vazios. O projeto foi do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em outra intervenção equivocada em Pirenópolis.

Adriano Curado 

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Acabou o sossego


1. Sustos nas madrugadas

Já vai longe o dia em que Pirenópolis era um lugar sossegado. Agora todo dia tem relato de um conhecido assaltado ou molestado. Antigamente a gente caminhava romanticamente por estas ruas antigas e o coração se elevava em poesia. Hoje esse mesmo coração se sobressalta quando, retardatários da boemia, deparamos com um grupo desconhecido, um motoqueiro que assunta ou um carro que passa devagar. Tememos ser a próxima vítima.

2. Falta segurança pública

Mas o que esperar de uma cidade que não tem cadeia pública, que a Delegacia de Polícia funciona de improviso e onde a Polícia Militar trabalha com reduzidíssimo efetivo? Só podia dar nisso mesmo. É o descaso dos nossos governantes que não zelam pela segurança de seu povo.

3. Adaptar-se ou perecer

E não há nenhuma perspectiva de melhoras para nós pirenopolinos. Pagamos o preço pela proximidade do entorno do Distrito Federal, bolsão de violência noticiado diariamente. Nem na zona rural se tem mais tranquilidade, e as fazendas e sítios são constantemente atacados por bandidos armados. 

Então, se não há solução imediata, o conselho é nos adaptarmos para não perecer. Não transitar sozinho de noite, criar cachorros na zona rural e ficar atento ao menor sinal de alerta. Não se esqueça de que não poderá contar com polícia alguma.

Adriano Curado


sábado, 18 de novembro de 2017

Foto antiga da Matriz de Pirenópolis


1. A Matriz retratada por João Basílio

Esta é uma fotografia de autoria do fotógrafo pirenopolino João Basílio de Oliveira. Ela registra a tranquilidade de Pirenópolis em distante tempo. Embora não fosse o único fotógrafo local, Basílio era o mais requisitado. Seu acervo pessoal hoje é de centenas de fotos.

2. Análise da imagem

À direita está o Mercado Municipal, inaugurado pelo intendente José Ribeiro Forzani em 1914, hoje doado para ser a sede da Banda de Música Fênix. Em primeiro plano, à esquerda, um pescador solitário passa o tempo no aguardo dos lambaris ariscos. E lá longe, como que acenando para o além, exibe-se imponente a velha Matriz de Senhora do Rosário, ainda velada por duas palmeiras, cochilando de caduquice no entardecer dos séculos. 

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

ENTRELINHAS


A Igreja Matriz, desvendada nas entrelinhas do Carmo, se mostra charmosa na paisagem distante. Parece até que o tempo não passa neste torrão sagrado do cerrado goiano.

domingo, 12 de novembro de 2017

O MAIS IDOSO



O homem mais idoso do Brasil pode ser esse pirenopolino de 112 anos de idade. Ele mora numa fazenda próximo ao Povoado do Índio e é cuidado por uma sobrinha.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O SINO GAGO, O GALO E O COMENDADOR SALVADOR


Aqui ainda é a velha Meia Ponte, das minas de ouro de Senhora do Rosário, do rio que nasce ali nas encostas escuras daquela serra e que homenageia as almas - do purgatório, acredito, pois as do céu não precisam mais de homenagens, e as do inferno estão por demais ocupadas com outros afazeres. Enfim, cá por estas bandas é que uns portugueses ambiciosos acharam de batear o rio e depois espetar no chão aroeiras seculares revestidas de adobe e criar esta sequência de casario colado e sem prumo que levam as ruas a seguirem meio cambaleantes história afora. 

Nos quintais imensos havia galos (hoje proibidos e multados) e uma infinidade de jabuticabeiras e mangueiras farturentas. Embora ainda assim a molecada preferisse saltar para o quintal alheio porque a fruta furtada é mais adocicada, dizem. E em tempos áureos o que se via por estes becos (ops! hoje não pode mais falar esse nome: são travessas) era o transitar manhoso dos carros de bois ou o tropel dos cascos das montarias. Nada comparado com essas motos infernais que voam baixo ou com esses carros de bastardos infestados de sons automotivos. 

Havia disputa de bandas de música e toda família tinha alguém que sabia tocar algo ou cantar afinado. Por agora, no entanto, a escola da centenária Fênix carece de interesse da juventude, embora a audiência dos caixotes televisivos aumente a cada dia. 

E depois disso tudo ainda encontro alguém que me aborda e indaga: temos futuro? E o pior é que esse alguém ainda aguarda na esperança de uma resposta animadora. Ora essa, façam-me o favor! O futuro aqui são pousadas nos quintais, galos nas panelas, cenário de casarões, crescentes extorsões turísticas, e ainda um sino gago que ninguém sabe se está soluçando ou anunciando o juízo final.

Mas não é que temos futuro sim! Vamos mandar trazer lá do Engenho de S. Joaquim, com as bênçãos do Padre Simeão, um certo Comendador salvador e encomendar com ele mil dúzias de liberdade para nosso espírito, e ele vai mandar publicar um jornal para encher de brios nosso semblante sossegado e ainda mandar descer o sino gago e dar nele com uma colher de pau suja de doce de leite, porque dizem que isso cura gagueira. 

Agora, se o Comendador não quiser ou não puder vir, quem não tiver despertador vai perder o bonde da história, pois os galos já estão servidos para os insaciáveis turistas e não cantam mais. 

Adriano Curado

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O Rio


Lá vai o rio serpenteando entre as pedras e contornando em voltas a vicissitudes da vida. Vai lá adiante no rumo do infinito, distantes paragens que nem em sonhos advinha, e onde se elevará em leves gotículas para o firmamento. E voltará um dia esse mesmo rio, porque retornar é preciso, na precipitação de um temporal de almas. Continuará em todo tempo, enquanto tempo houver, a vida, qual a roda viva de recomeços, até o dia em que não será preciso mais recomeçar, porque já teremos finalmente alcançado (cansados) o infinito mar oceano.

Adriano Curado

Modesta homenagem aos anjos de nossa cidade que recentemente retornaram para o Criador.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Os altares da Matriz


Destruída por um incêndio em 2002, a Matriz teve sua estrutura física reconstruída, mas os elementos artísticos não foram replicados. Isso sempre incomodou a população. Ver vazios os nichos onde antes estavam lindos altares dá mesmo uma grande tristeza. 

Ocorre que há no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) uma interpretação de que não se refaz obras de artes. Se acabou, fica como está. 

O ideal seria ouvir a população pirenopolina sobre refazer ou não os altares laterais da Matriz. Isso pode ser através de uma pesquisa ou então uma consulta popular oficializada. 

Particularmente, sou a favor das réplicas. E cito como exemplo os belos monumentos da Europa que sofreram com bombardeios da Segunda Grande Guerra. Após o fim do conflito houve um trabalho intenso para reconstruir tudo, e agora esse locais são tidos como autênticos porque mais de meio século se foi e uma nova história foi escrita.

Adriano Curado

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Reajuste do IPTU


O Poder Legislativo Municipal está de casa cheia por conta da votação do aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que há bastante tempo não é reajustado. Ocorre que o Executivo enviou um projeto de lei propondo um reajuste violento de uma só vez (cem por cento), com o que não concorda a população pirenopolina.

A perlenga já tomou as redes sociais, aplicativos para celular e é o assunto da semana nos bancos de praça. Muitos concordam que a arrecadação tem que aumentar, outros dizem que não podem pagar o pato da inércia das administrações anteriores, mas há unanimidade de que não deve ser um reajustamento de uma só vez. 

Quem sabe o melhor possa ser reajuste gradual pelos anos?!

Aguardemos o resultado da votação.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Aplam tem nova diretoria


Na reunião realizada hoje, 21.10.17, da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música (Aplam), os membros presentes elegeram a nova diretoria: Adriano Curado (presidente -- terceiro mandato), Alexandre de Pina (vice), Aline Lobo (secretária) e Thais Valle (tesoureira). Que Deus nos abençoe para continuarmos lutando pela nossa cultura! 

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Lambendo a lente

Foto Adriano Curado

Creio que não sobreviveria no velho oeste. Não sou muito rápido no gatilho. No milésimo de segundo após eu bater a foto ele lambeu a lente da máquina. Eu poderia ter usado o zoom mas resolvi me arriscar, viver perigosamente. Pronto! Acabou o safári de fotos. O modelo lambedor é um boi carreiro do Toninho da Babilônia.

Queimadas na serra

Foto Adriano Curado

Não vivemos tempos muito bons. Esta já seria época de chuvas, de rios enchendo as nascentes e encorpando, mas o que vemos são queimadas na serra. Hoje a fumaça densa desceu e cobriu a cidade toda. Um triste espetáculo para se presenciar. Padece o corpo com esse tempo estranho, os hospitais estão lotados. 

Será que um dia a natureza voltará ao que era antes?

N. S. Aparecida


Cavalgada em devoção a Nossa Senhora Aparecida

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A angústia do casarão

Após dois séculos de existência, nosso casarão começou a sentir as marcas da modernidade. Sua estrutura é toda de aroeira, as paredes externas de adobe e as internas de pau a pique. No século XIX e boa parte do XX não havia vibração sonora excessiva e nem veículos pesados transitando pelas ruas. Por isso ele durou tanto tempo intacto. Agora não há uma parede sequer sem rachaduras, e em algumas cabem dois dedos dentro. Isso quer dizer que a casa vai ruir nas condições atuais. A estrutura antiga sofre todos os dias com o peso daquele caminhão que passa indiferente ou com o grave do som automotivo de um jovem de espinha na cara. E isso não acontece só conosco, a reclamação é geral. Veja o exemplo do prédio do teatro. Alguém chamou minha atenção num texto anterior, disse que eu reclamo demais. Estou errado? Devo me calar?

Foto Adriano Curado


Foto Adriano Curado

Foto Adriano Curado

Foto Adriano Curado

Foto Adriano Curado





quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Primeira chuva

Foto Nicolas Carreiro

E finalmente choveu em Pirenópolis, depois de tantos meses de seca. A garoa refresca e umidifica, dá de beber à terra ressequida e alimenta dos reservatórios naturais de água. Pena que é pontual, não irá durar o tempo que deveria. Mas se fosse em outras épocas, aí sim teríamos uma chuvarada de verdade, por semanas sem trégua.

Aproveitemos a chuva enquanto ela por aqui está.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Sarau da Aplam abre Flipiri


Sarau e lançamento da Antologia Poética "Um feixe de luz" , dia 22 de setembro, às 18:30, no Salão Paroquial, na Flipiri. 

Participação especial do duo Ziriguiduo. Realização APLAM - Academia Pirenopolina de Letras Artes e Música.

Participe! Prestigie! 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Um jornal cultural


Este é o primeiro exemplar do Jornal Nova Era que circulou em Pirenópolis de outubro de 1989 a abril de 1998, quando encerrou suas atividades no número 35. Tinha uma proposta ousada: seu conteúdo era apenas cultural. Idealizado por Maria Eunice Pereira e Pina e pelo jornalista José Reis, por muitos anos manteve viva a chama do incentivo à nossa cultura. Valdolucio Cardoso era o responsável pela coluna social. Eu publiquei ali meu primeiro conto intitulado A Caçada. Também minha saudosa tia Vera Lopes Siqueira movimentava sua coluna com o pseudônimo de Condessa de Meia Ponte.

Adriano Curado

Madrugada do tempo


Há uma certa nostalgia nesse casario que de mãos dadas contempla o tempo passar, tendo ao fundo os morros arredondados do cerrado. Parece até que o relógio parou e agora quer nos prender em nossas próprias lembranças. Mas deixe-me ir, Meia Ponte, que o futuro já aponta nos primeiros raios da madrugada ali para as bandas da Rua Aurora.

Adriano Curado

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Gustavo Lima em Pirenópolis


E quem está em Pirenópolis para a gravação de seu novo clipe é o cantor sertanejo Gustavo Lima. As filmagens estão ocorrendo na Rua do Rosário (ou do Lazer), que se encontram temporariamente interditada. Na foto, o artista aparece abraçado com as pirenopolinas Rosane Ferreira (de saia branca) e Ariane Cerena Mesquita.

Quem participa do clipe é a atriz Cleo Pires. 


A luz na sequidão


Esta época me fascina pelo contraste de cores e sabores por este cerrado afora. Ainda que a seca se prolongue, a vida persiste com toques sutis que o Criador espalha nos oásis de luz.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Casinha de flores


Fotografei esta casinha lá em Maiadô. Achei-a poética e desamparada, porém cercada por muitas flores multicoloridas. Para quem não sabe, esse povoado se chamava antigamente Cachorro Sentado, depois virou Maiadô (nome popular do malhador onde o gado pernoitava). Mais recente os políticos sem ter coisa melhor para fazer mudaram seu nome para Goianópolis (aff). Mas o nome popular persiste, numa silenciosa resistência contra os modernismos sem sentido.

Adriano Curado

Trovadores dos Pireneus


segunda-feira, 31 de julho de 2017

O casarão da Família Batista


O velho casarão da Família Batista está de pintura nova, todo engalanado e vistoso na Rua Direita. Atualmente é o escritório do colega Diego Peixoto. Mas em tempos antigos era conhecida como casa de Seu Neco Mendonça, que ali exercia a profissão de farmacêutico prático, onde manuseava no laboratório as fórmulas dos remédios que fabricou por décadas na botica (era um boticário), como seu pai. 

Muito antiga essa construção, data da primeira metade do século XIX ou final do século XVIII. 

Quando não havia teatro em Pirenópolis, no Beco de Seu Neco improvisavam um rancho para as apresentações e os atores usavam os quartos da casa como camarim, passando pelas janelas que ficavam à altura do palco. Parabéns aos proprietários por conservá-la.

Adriano Curado

Obras interditadas


Neste momento duas obras estão interditadas em Pirenópolis pelo IPHAN. Uma na região do entorno do tombamento e outra na Rua Direita. Para evitar dor de cabeça, aconselho sempre a procurarem um advogado antes do começar alguma intervenção em imóveis. 

A placa do escritório de advocacia, por exemplo, antes de ser colocada aqui em casa eu fiz um processo no escritório local e consegui autorização. 




quinta-feira, 27 de julho de 2017

Meu amigo Pérsio


Pérsio Forzani consegue ir além das artes plásticas em seus quadros. Salpica confeitos da alma na ponta dos pincéis e de lá extrai poesia que espalha pelas telas da imortalidade. Pérsio é um anjo de candura e talento. Reflete a alma meiapontense como poucos. Como sou sortudo por ter Pérsio como amigo!

terça-feira, 25 de julho de 2017

Time shere novamente

Esse time shere nem começou e já traz dor de cabeça. Vestiram um vendedor de mascarado para oferecer cotas nos apartamentos. Isso é um total desrespeito com nossa cultura, coisa de quem não está nem aí para a cidade e seu folclore. É o mesmo que pôr um farricoco da Cidade de Goiás para anunciar promoção em lojas. A foto está circulando pelas redes sociais e causando indignação nos que verdadeiramente amam Pirenópolis. De que adianta pintar o Bomfim e depois aprontar algo assim?

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Maquina de costura


Lá está ela, encostada a um canto da casa, aposentada depois de muitas décadas de árduo trabalho. Hoje se compra roupa pronta, não se costura mais em casa. São as facilidades da vida moderna. Mas antigamente as donas de casa eram prendadas em corte e costura e tinham que se desdobrar para conseguir vestir a numerosa família. Descansa, velha máquina de costura, e guarda consigo lembranças de um tempo que não volta mais.

Adriano Curado

Cavalhadas de Pirenópolis no batismo de Goiânia


A cavalhada de Pirenópolis se fez presente no Batismo Cultura de Goiânia. 

Consta o seguinte no Livro de Tombo da Matriz de Pirenópolis (1929 – 1955), p. 82: “No dia da inauguração, 5 de julho de 1942, houve missa festiva e sermão vespertino. Parece que o povo mostrou pouco interesse por este histórico acontecimento único da fundação de Goiânia. Lá na capital, repetiu-se a nossa Cavalhada e Pirenópolis ocupou um lugar honroso na exposição de todos os municípios do Estado”. 

A participação da Cavalhada se deu em dois dias, com todas as carreiras, não foi apenas uma demonstração. O prefeito à época era meu saudoso tio-avô José Augusto Curado, que conseguiu mobilizar a maior caravana que compareceu à capital: 24 cavaleiros e pegadores de lança, a banda, moças do desfile, tratadores de cavalos etc. 

Na foto, meu igualmente saudoso avô José Abadia de Pina, então com 19 anos, na Cavalhada em Goiânia. Fica um pouco dessa história que aconteceu há 75 anos.

Adriano Curado

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Pedintes


As ruas de Pirenópolis estão tomadas por pedintes e isso inquieta a população e turistas. Eles chegaram nas vésperas da Festa do Divino, e vieram em grande grupo de dezenas de pessoas. Certamente que foram atraídos pelo aglomerado de gente que veio festar. O problema é que não foram mais embora. Estão espalhados de dia pela cidade, usam as praças para higiene pessoal e os becos como banheiro. À noite se aglomeram de forma organizada na ponte pênsil Dona Benta.

O intrigante é que essa gente toda, surgida por aqui do dia para a noite, não se veste como mendigo e parece que tem instrução. Sugiro então que a polícia os aborde, peça identificação, cheque no sistema os antecedentes criminais. Se for gente de bem, que se tente integrar os que quiserem em algum projeto social da prefeitura. 

Do jeito que está é que não dá para continuar.

Adriano Curado

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Teatro em ruínas


O prédio do Teatro de Pyrenópolis vai desabar. Construído em 1899, por ele passaram grandes acontecimentos da vida cultural de Pirenópolis. O edifício é estadual, mas foi cedido ao Município que não cuidou, e agora toda a fachada ameaça desabar. Tudo o que foi feito se resumiu num tapume para isolar o local, mas já faz tanto tempo que também ele apodreceu. Fez falta esse espaço na Festa do Divino, como fará nos outros eventos, como a Flipiri. Por conta desse descaso do Poder Público para como o nosso patrimônio histórico e nossa cultura é que reafirmo: precisamos de uma entidade privada com poderes para ajuizar ação civil pública. Se quem deveria agir não o faz, façamos nós como cidadãos.

Adriano Curado



sexta-feira, 14 de julho de 2017

Inventário de Leocádia Jayme

O Blogue Cidade de Pirenópolis publica hoje, com exclusividade, o inventário dos bens deixados por Leocádia Jayme, que foi a segunda esposa do Coronel João Gonzaga Jaime de Sá, genarca da família Jayme/Jaime de Pirenópolis. O casal viveu junto por trinta anos e teve quinze filhos, descendência que se espalhou mundo afora. Leocádia faleceu em 01/02/1923 e seu inventário só foi realizado quatro anos depois. Até então esse documento era desconhecido, mas eu o garimpei no imenso arquivo judiciário da Comarca de Pirenópolis. Publico-o porque é público por natureza e para ajudar outros historiadores. Se todos fizessem isso, a história certamente seria contada de forma diferente.

Adriano Curado


Campus da UEG legaliza sede


A Universidade Estadual de Goiás, campus Pirenópolis, recebeu a doação do terreno onde está localizada. A documentação foi assinada pelo representante da Celg Geração & Trasmissão. A área tem 30 mil metros quadrados.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

A alma da cidade

Foto Araguaia Paranhos

Na amplitude da noite, a alma da velha cidade vaga à procura de sua essência e se perde nas encruzilhadas e labirintos que o tempo criou, qual teia de uma imensa e venenosa aranha. Mas enquanto houver uma criança que sorri em sua inocência, uma abelha que acarinha a flor ou as rufadas de luz assolando a madrugada precoce, haverá o renascimento de uma esperança. E mesmo naqueles instantes tristes, quando parecer que não ouvimos mais as asas protetoras de um anjo no universo, certamente será porque ele nos protege num abraço fraternal de mil luzes. Meia Ponte renascerá sempre, é eterna, é a metade inteira de um coração transbordante de amor. 

Adriano Curado

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Morre Adomício de Almeida


Este site está de luto pela morte de Adomício de Almeida, também conhecido por Besourinho. Era empresário na cidade, dono do Restaurante Oxente Uai, mistura de comida nordestina com mineira. Foi para a Festa do Morro dos Pireneus, passou mal, foi socorrido mas não resistiu.

Besouro era um grande amigo meu, desde os tempos do ônibus de estudante para a faculdade, depois como funcionários da prefeitura e depois na advocacia quando indicava clientes. Sabia mais de mim do que eu próprio. Só tenho boas lembranças dele e guardo os causos engraçados de suas aventuras amorosas - daria um bom livro. Muito jovem, cheio de vida, merecia ficar mais tempo entre nós e nos contagiar com a fartura do seu espontâneo sorriso. Mas a vida segue seu curso. Consola a certeza de que quem vive nas lembranças dos amigos é imortal. 

sábado, 8 de julho de 2017

A romaria que se renova

Foto: Luiz de Maura


É uma tradição que já tem noventa anos e que se renova constantemente. A procissão com a imagem da Santíssima Trindade saiu da porta da Igreja do Bonfim e subiu o morro - literalmente. Caminharam por volta de 20km numa estrada de cascalho solto, com poeira e vento gelado. Ao chegarem na Serra dos Pireneus, os participantes foram recebidos pela festeira deste ano, Helena de Pina, com fartura de comida e bebidas.

Adriano Curado


Foto: Luiz de Maura



sexta-feira, 7 de julho de 2017

Festa do Morro


Foi no ano de 1927 que o Comendador Christóvam José de Oliveira criou a romaria em louvor à Santíssima Trindade na Serra dos Pireneus. Ele e sua esposa Aládia Batista de Oliveira e também muitas outras famílias passaram a montar acampamento na região. Para isso escolheram a ocasião da lua cheia de julho. A festa cresceu, passou a ter queima de fogos, fogueira, levantamento de mastro etc. 

Decano da festa é dona Dione de Oliveira Pina, que com seus noventa anos de idade, apesar do frio, não deixou de novamente acampar este ano.

A festeira de 2017 é Helena de Pina, nesta de Christóvam e romeira assídua de muitas festas. A festa começou dia 06 e vai até dia 09 deste mês.

Parabéns aos romeiros do Pireneus pela desprendimento pessoal e pela coragem de enfrentar o frio histórico que assola Goiás este ano.

Adriano Curado


terça-feira, 4 de julho de 2017

Plano Diretor paralisado


É preciso rever o Plano Diretor de Pirenópolis. Um projeto assim não pode ficar dentro de uma gaveta enquanto reuniões intermináveis são realizadas e não se chega nunca a um consenso. É que por lei a área municipal urbana tem que ser revista no período de uma década. 

Mas independente do lado legal, a cidade não para de crescer, e se não o faz dentro das diretrizes de uma legislação, faz clandestinamente. E não é difícil flagrar loteamentos irregulares em nossa cidade. O golpe imobiliário mais ousado é vender terras rurais em tamanho inferior ao mínimo do módulo e fazer um compromisso de compra e venda, o popular "recibo", que ficará numa gaveta esperando dias melhores.

Se por um lado não queremos uma cidade de grande proporções, como era o plano original, também não podemos virar as costas para a problemática da expansão urbana.

É melhor regulamentar ou corrermos o risco de um jogo sem regras definidas. Porque aí, caro leitor, será o caos e nossa cidade pagará por isso.

Adriano Curado

sábado, 24 de junho de 2017

Residencial Luciano Peixoto


Foi inaugurado o Residencial Luciano Peixoto, falecido pai da primeira dama, que já tem uma escola com seu nome mas mesmo assim é novamente homenageado. Foi inaugurado mas ninguém poderá lá morar ainda porque não tem água e nem energia elétrica no local. Coisas do Brasil. A obra demorou uma eternidade para ficar pronta e estão correndo com a entrega, que é apenas simbólica. São 149 casas localizadas em péssimo local e de acesso difícil. Pirenópolis merece mais.

Adriano Curado

terça-feira, 20 de junho de 2017

Reflexões urbanas


Eu até entendo que nada neste mundo é estático e que tudo está em constante processo de modificação. Nós mesmos mudamos o tempo todo. Não sou a mesma pessoa que começou este ano e certamente começarei o ano que vem (se vivo estiver) totalmente alterado. Mas em relação à minha cidade, gostaria que tudo transcorresse mais lentamente, que sobrasse tempo para nosso espírito saudosista se adaptar. 

Quando eu era criança brincava na Rua Nova de queimada com os meninos da vizinhança. Não passava quase carro nenhum e a brincadeira só era interrompida quando aparecia um doido na rua, e naquele tempo havia vários. Não eram doidos perigosos, eram incompreendidos. Hoje sabemos disso, mas naquelas priscas eras...

Dia de sábado havia um pequeno movimento de turista, mas nada que pudesse alterar a rotina pacata daqui ou nos fazer perder a essência de Meia Ponte.


Este ano, no feriado de Corpus Christis resolvi passear lá pela ala dos de fora e me surpreendi. Aqui na Praça Central não havia quase ninguém, um paradão gostoso, tranquilidade que experimentamos desde que o inconsequente Bar Central fechou suas portas e virou restaurante.

Mas, de volta aos turistas, havia tanta gente nos bares da parte da Rua do Rosário que se tornou Rua do Lazer, que faziam fila de espera para sentar. Isso mesmo, fila para sentar. E no antigamente deserto Beco do Amphilóphio, que algum político sem ter o que fazer transformou em Travessa Rui Barbosa, deparei com um engarrafamento de carros, enquanto o povo se espremia na tripa de calçada. Lugares iluminados, agitados, comércio vivo, gente que passeia e é feliz.

Voltei aqui para a Praça Central e novamente não havia quase ninguém. Um pequeno grupo em volta do Pit Dog e outro da Kombi corumbaense que vende um chope muito bom. Pensei: vou ficar por aqui mesmo. 

"Ó moço, dá cá um copo desse seu chope!"

Adriano Curado