sexta-feira, 23 de maio de 2014

Campanhas vencidas e perdidas


Neste pequeno espaço dedicado à cidade de Pirenópolis, já travamos boas batalhas em prol de nossa cultura e nossas tradições. A imensa discussão sobre a numeração dos Mascarados das Cavalhadas em 2011, por exemplo, rendeu centenas de comentários numa postagem da época.

Outra briga boa que vencemos foi o banimento do som automotivo da cidade. Antes das insistentes campanhas pela sua proibição, era comum ver campeonatos desses sons bem na Praça da Matriz, em pleno Centro Histórico de Pirenópolis. Ligava-se para a polícia e o atendente respondia: “Os jovens têm direito de se divertirem”. E eu não tenho direito ao repouso, e os casarões históricos podem ruir? Essa foi uma discussão longa e cansativa, até que entrou no inconsciente coletivo que som automotivo em cidade turística não é saudável. Hoje a polícia multa, apreende, prende. Vencemos!

Caminhões continua em trânsito no Cento Histórico

Mas perdemos muitas campanhas também. Creio que a maior delas foi o tráfego de veículos pesados no Centro Histórico. Não sei por qual motivo, a atual administração retirou os tocos que evitavam que esses veículos adentrassem nas ruas centrais. Agora vemos ônibus imensos que, desorientados, entalam nas vielas antigas. Também caminhões transitam livremente e abalam as paredes de adobe e taipa dos casarões e templos. Esta briga, portanto, ainda não vencemos.

O Fachadismo foi empregado na reconstrução do Cine-teatro Pireneus

A bola da vez, agora, é a campanha contra o Fachadismo arquitetônico, que é a moda de se derrubar a casa toda e deixar apenas a fachada. Para os órgãos que têm a obrigação de fiscalizar e preservar, está de bom tamanho um reforma nesses moldes. Mas para o pirenopolino, não. Então fincamos um novo marco de lutas, vejamos se conseguimos alterar esse modismo ilegal.

Altares originais da igreja Matriz de Pirenópolis

Está também em andamento a corrente pela reconstrução dos altares da igreja Matriz, luta que conta com o apoio da cidade toda, sem restrições de peso.

Por todas essas, na contabilidade dos ganhos e perdas, creio que este site tem cumprido sua finalidade. Além do mais, tornou-se ele material de pesquisa para estudantes e historiadores, e não raramente recebo mensagens de pessoas que querem tirar dúvidas sobre a história pirenopolina. Que nossa luta continue por muito tempo ainda.

Adriano Curado

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